Medo e frustrações
Essa semana em minhas imersões pessoais percebi quanto o medo tem facetas.
A faceta da frustração, da indignação, entre outras. Estas facetas classificamos como dor.
A dor de perder algo ou de não ter algo na verdade é a frustração e a indignação de não receber o que esperávamos. O que projetamos de ideal para nós, em nós e nos outros.
Ficamos diante do medo de não sabermos quem somos, vivendo assim de projeções.
Ao direcionarmos nosso olhar para o ideal fugimos de nós mesmos. Afastamos de nossa realidade interna e externa.
Enquanto a ilusão está intacta está tudo bem.
Enquanto conseguimos manipular os fatos e manter a ilusão na tela, temos a falsa sensação de controlar tudo.
Quando alguém pergunta se estamos bem, automaticamente olhamos para nossa ilusão e se ela estiver dentro das conformidades estabelecidas, respondemos Sim, estou bem.
Será que a resposta para esta pergunta não seria baseada no sentimento de paz que temos dentro de nós independente do que estamos vivenciando?
A ilusão em algum momento é destruída, se desfaz, e não conseguimos ver a realidade.
A realidade é uma estranha invasora, chegamos ao ponto de negar e de rejeitar a realidade. Negamos e rejeitamos a nós mesmos e aos outros.
Perdemos a base, o chão. Com as imagens que projetamos destruídas, não somos nada.
Neste contexto não é possível perceber que existe uma consciência que está vivendo isso. Uma consciência que não é definida pelos fracassos, sucesso, metas, objetivos ou sentimentos que estão presentes.
Tudo isso faz parte, mas não somos nós. Não somos nossos pensamentos e sentimentos. Não somos os acontecimentos em nossas vidas. .
É hora de acordar para quem somos (não a imagem que projetamos), olhar para quem somos de fato.
É hora de ver que há beleza em nós.
Sai medo vem amor.
Há um fluxo natural de abundância e paz aqui e agora que pode ser acessado.
Pode ser acessado quando silencio e olho para o que está aqui.
Não tem receita para isso, pois é um processo, é individual.
Pare por um momento, olhe para o que está aí agora. Não julgue. Apenas reconheça, conheça o que você tem em você.
Nesse processo comece a perceber que você é o observador, sendo observador você não é o que pode observar.
Você é muito mais.
Deixo esta meditação que possibilita o olhar para dentro.